Amarildo de Souza
14.7.2013 RJ/BR
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DESAPARECIMENTO FORÇADO DE AMARILDO DIAS DE SOUZA
EM 2013, AMARILDO, 46, FOI LEVADO POR PMS, DA PORTA DE CASA, NA FAVELA DA ROCINHA, ATÉ A SEDE DA UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA (UPP) LOCAL, SEM NUNCA MAIS SER VISTO.

Vítimas fatais
Amarildo de Souza
Idade
43 anos
Ocupação
Pedreiro
Raça/cor
Negro
Cidade, UF
Rio de Janeiro, RJ
Data
14.07.2013
Status Final/Atual
Encerrado

Preâmbulo
O pedreiro Amarildo Dias de Souza estava limpando peixe na porta de sua casa, na favela da Rocinha, quando foi detido por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora local e levado até sua sede. A partir das primeiras denúncias de sua família, diversas campanhas e posicionamentos públicos cobrando das autoridades explicações sobre o desaparecimento tomaram as redes sociais e as ruas. Desde a Chacina de Acari, nenhum caso similar havia alcançado tanta repercussão nacional e internacional.
O Ministério Público denunciou trinta policiais militares da UPP da Rocinha, incluindo o ex-comandante. Destes, 12 foram condenados pelos crimes de tortura com resultado morte, sequestro e ocultação do cadáver. Atualmente, todos os 12 estão em liberdade e o Major Edson, comandante da unidade na época e quem recebeu a maior pena, foi reintegrado à polícia militar em fevereiro de 2021.

A INVESTIGAÇÃO VAI PRA DELEGACIA DE HOMICÍDIOS E A GENTE RECEBE UM ATESTADO DE ÓBITO POR MORTE PRESUMIDA. UM ATESTADO DE ÓBITO DE UM CORPO QUE A GENTE NÃO CONSEGUIA ENCONTRAR, MAS A GENTE TINHA CERTEZA QUE ELE NÃO VOLTARIA MAIS.
”MICHELLE LACERDA, SOBRINHA DE AMARILDO

RELATO DOS FAMILIARES
a demora de amarildo para chegar em casa gerou preocupação na família, que começou uma busca, inicialmente tentando respostas da própria upp local, sem sucesso. uma série de informações desencontradas fez os parentes buscarem apoio dentro e fora da favela, fazendo circular a notícia e aumentando a pressão por investigações eficazes. além dos seis filhos de amarildo e de sua viúva, sua sobrinha e sua irmã também se tornaram ícones de uma luta que não se limita ao caso de seu desaparecimento forçado. as manifestações que marcaram junho de 2013 em todo país amplificaram a pergunta “cadê o amarildo?”, tematizando o desaparecimento. nas redes sociais, a hashtag #cadêoamarildo? viralizou e fortaleceu a luta.
A MORTE VIOLENTA DE AMARILDO SE TORNOU UM ÍCONE DA VIOLÊNCIA RACIAL QUE PAUTA AÇÕES DE ESTADO COMO AS UPPS
