caran- diru
02.10.1992 SP/br
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Massacre do Carandiru
Em 2 de outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo, policiais praticaram a maior matança em presídios da história do Brasil, com 111 vítimas cujas vidas se encontravam sob a responsabilidade do Estado.
vítimas fatais
111 mortos
cidade, uf
são paulo
data
02.10.1992
status atual
aguardando apreciação no stf
Introdução
O Massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte da cidade. A ação policial que vitimou fatalmente ao menos 111 pessoas privadas de liberdade teve início com a intervenção policial acionada com objetivo de conter um suposto “motim”.
O coronel Ubiratan Guimarães decidiu acionar policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), do Choque, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Comando de Operações Especiais (COE). A ordem para a invasão foi dada em uma hora. A chacina foi desencadeada pelo uso desproporcional da força pela PM de São Paulo. Participaram ao todo 341 policiais da Tropa de Choque no Pavilhão 9 do presídio.
A faixa de idade dos meninos que morreram no Carandiru era de 18 a 25 anos. A maioria negros, não tinham sido julgados, eram presos na condição de presos provisórios.
”Deise Benedito, ex-perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura
RELATO dos familiares
A omissão de informações por parte do Estado, com demora até mesmo para a divulgação dos nomes das vítimas fatais, marcou, desde o dia do massacre, o tratamento desumano em relação aos familiares dos mortos. Junto às reivindicações por justiça, as famílias também demandaram indenizações por danos materiais e morais. Nos anos 2000, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou o Estado brasileiro pelo massacre do Carandiru, mas o judiciário brasileiro não responsabilizou nenhuma autoridade pelos crimes. Após 25 anos do caso, apenas 43 famílias das 111 vítimas conseguiram ser indenizadas. De 1992 pra cá, a luta de familiares de pessoas presas se fortaleceu e segue a denúncia das violações intramuros.
Hoje o trabalho da Agenda Nacional pelo Desencarceramento é protagonizado por familiares de pessoas presas.