caran- diru

02.10.1992 SP/br

Massacre do Carandiru

Em 2 de outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo, policiais praticaram a maior matança em presídios da história do Brasil, com 111 vítimas cujas vidas se encontravam sob a responsabilidade do Estado.

Fotografia: sérgio silva
Fotografia: sérgio silva

vítimas fatais

111 mortos

cidade, uf

são paulo

data

02.10.1992

status atual

aguardando apreciação no stf

Introdução

O Massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, na Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte da cidade. A ação policial que vitimou fatalmente ao menos 111 pessoas privadas de liberdade teve início com a intervenção policial acionada com objetivo de conter um suposto “motim”.

O coronel Ubiratan Guimarães decidiu acionar policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), do Choque, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Comando de Operações Especiais (COE). A ordem para a invasão foi dada em uma hora. A chacina foi desencadeada pelo uso desproporcional da força pela PM de São Paulo. Participaram ao todo 341 policiais da Tropa de Choque no Pavilhão 9 do presídio.

Fotografia: sérgio silva
Fotografia: sérgio silva

A faixa de idade dos meninos que morreram no Carandiru era de 18 a 25 anos. A maioria negros, não tinham sido julgados, eram presos na condição de presos provisórios.

Deise Benedito, ex-perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura

RELATO dos familiares

A omissão de informações por parte do Estado, com demora até mesmo para a divulgação dos nomes das vítimas fatais, marcou, desde o dia do massacre, o tratamento desumano em relação aos familiares dos mortos. Junto às reivindicações por justiça, as famílias também demandaram indenizações por danos materiais e morais. Nos anos 2000, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou o Estado brasileiro pelo massacre do Carandiru, mas o judiciário brasileiro não responsabilizou nenhuma autoridade pelos crimes. Após 25 anos do caso, apenas 43 famílias das 111 vítimas conseguiram ser indenizadas. De 1992 pra cá, a luta de familiares de pessoas presas se fortaleceu e segue a denúncia das violações intramuros.

Hoje o trabalho da Agenda Nacional pelo Desencarceramento é protagonizado por familiares de pessoas presas.

Fotografia: sérgio silva
Fotografia: sérgio silva

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